quinta-feira, 7 de março de 2013

[PSICOLOGIA] Ter ou não ter filhos? Eis o casamento…

Filhos, parece tão natural simplesmente tê-los, ou melhor, não tê-los soa Anormal. Vivemos em uma cultura em que o casamento é seguido da expectativa do bebê, e em que ser mãe é entendido como o destino de toda mulher, logo, sobra pouco espaço para a dúvidas, e quando menos se espera já se faz parte do mundo dos pais.
Fotografia: FreeDigitalPhotos.net
Porém, quando tomamos algo por natural deixamos de nos perguntar coisas importantes a respeito dos acontecimentos. Neste caso, uma das perguntas mais importantes é: há espaço para uma criança em nossas vidas? E esta pergunta se desmembra: há disponibilidade afetiva para receber um filho? Estamos preparados para a árdua tarefa de participar ativamente da constituição de um outro ser? Há um desejo genuíno dos dois pela criança?

Sim, devemos nos fazer estas perguntas antes de nos aventurarmos a nos deixar levar pela maré. Normalmente os casais preocupam-se em ter condições financeiras para arcar com os gastos de uma criança, mas não se preocupam em preparar seu espaço psíquico para recebê-la, e é aí que começam os problemas – da criança, da família e da sociedade.

Quando não há disponibilidade interior dos pais não há comprometimento, e uma criança sem comprometimento afetivo dos pais tende a não conseguir trilhar os caminhos do desenvolvimento psíquico saudável. Crianças precisam de pais que tolerem sua agressividade COM EQUILIBRIO, que tenham segurança para impor limites e suportar birras sem ceder, que tenham condições de assumir as responsabilidades pelos atos de um outro ser, e que deem afeto, queiram ensinar e construir algo bom.

Muitos entram na vida parental com descompromisso seja por indisposição para assumir seus papéis de pai e mãe, seja pela predominância inconsciente de medos – medo de lidar com a raiva, e até de assumir responsabilidade. Em ambos os casos deixam a incumbência de constituir um ser humano de lado, ou seja, educar alguém para perceber os limites sociais, e buscar meios de satisfação pessoal aceitáveis. Inseguranças todos temos, mas elas não podem deixar que os pais se omitam do papel de formador de um sujeito. Se os pais se anulam ante a dificuldade, passam a mão na cabeça, e tentam consertar de qualquer jeito o problema estarão muito possivelmente formando sujeitos intolerantes, sem limites, agressivos, mimados, e bullyings.

Ser pai e mãe é uma tarefa árdua na qual existem vários percalços e inseguranças, então é importante perguntar-se: estou preparado para tal? A disponibilidade afetiva para receber e educar um outro ser é importante não apenas para a criança, mas para você mesmo! Pois só assim poderá desfrutar verdadeiramente das delícias que a parentalidade tem à oferecer!
  1. Para que fazer psicoterapia?
  2. Sobre a escolha profissional.
  3. Educação Financeira: Pais & Filhos


Monia Karine Azevedo
Psicóloga - CRP 08/1719
Psicoterapia Adulto e Adolescente e Orientação Vocacional
(44)8413-1426 Oi ou (44)9876-3489 TIM | Cianorte
Bacharel em psicologia pela Universidade da Georgia – EUA
Pós Graduanda em psicanálise pelo NECPAR

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