terça-feira, 8 de novembro de 2022

Imperialismo: O Caráter Imperialista por Hannah Arendt

As lendas sempre influenciaram fortemente a feitura da história. [...] foram o alicerce espiritual dos povos antigos, uma promessa de guia seguro para a vastidão do amanhã. (p. 295) [...] as lendas não são apenas as primeiras lembranças da humanidade, mas também o verdadeiro começo da história humana. (p. 296)*

O Mecanismo¹

Há dois (2) mecanismos políticos de domínio imperialista*:

  1. Raça/racismo: Teve início com as explorações europeias na África do Sul onde se depararam com "tribos cuja humanidade atemorizava e envergonhava o homem europeu" (p. 294); incultura que chegou ao Império do Brasil por meio da escravidão, onde o heróico homem branco — "cavaleiros matadores de dragões" e, mais especificamente, a raça nórdica/ariana — domina tudo e a todos.
  2. Burocracia: trata-se da "aplicação de princípios administrativos através dos quais os europeus haviam tentado dominar povos estrangeiros considerados inferiores e carentes de sua proteção especial" (p. 294) na Argélia, Egito e Índia; trazido ao Brasil junto com a escravidão e se instalou  perenemente com o golpe da Proclamação da República (1889), apoiado por escravagistas com suporte do exército que ansiava por prestígio.

O expansionismo é fruto da Lenda Imperial, com autoria de Rudyard Kipling (1865-1936), que trata especificamente do Império Britânico que por sua vez moldou o Império Inglês, em que o povo inglês passa de "consciente fundador de colônias a dominador de povos estrangeiros em todo o mundo" (p. 297)*; graças ao navio, curiosamente aprimorado pelos portugueses, que permitiu a expanção colonial (como ao Brasil, por exemplo, passando antes por Índia e África) e o globalismo.
  • Lendas atraem a Elite;
  • Ideologias atraem a Comunidade;
  • Terrorismos atraem a Ralé.
Fascinados com a dominação sobre o povo não-branco, a relação entre dominadores e dominados se torna ainda pior do que entre os imperadores e seus súditos, que ainda são humanos, partes do povo, da sociedade. Nas colônias os "súditos" são vistos mais como meios-de-produção ou mão-de-obra barata do que como servos ou trabalhadores; ainda hoje é assim no Capitalismo, quando os EUA, entre outros paíes, usam a mão-de-obra de países sub-desenvolvidos como a chinesa e mesmo a brasileira, entre outros, para abaixar os custos de produção industrial, visando aumentar os lucros e diminuir os preços (por questões competitivas).

Não obstante, essa mistura ou convivência forçada entre explorador e explorado cria um ambiente propício à corrupção e opressão social — eis a República do Brasil. Lord Cromer escreveu o ensaio 'O governo de raças dominadas/subjugadas/inferiores' que pode ser considerado a Filosofia do Burocrata, em que a "influência pessoal" importa mais do que uma política bem definida; que em muitos aspectos assemelha-se à ideologia comunista, onde os camaradas não possuem uma meta, mas pretendem dobrá-la e a compra de influência pode ser vista no que expos a Operação Lava-Jato, como o Mensalão na Petrobrás.
A burocracia é sempre um governo de peritos [os maiorais], de uma "minoria experiente" [protetores dos fracos], que tem de resistir da melhor forma possível à constante pressão da "maioria inexperiente" [fracos] (p. 304).
Além do burocrata, existem também o agente secreto, que em nome da espionagem se alienam da sociedade "quando se liberta  de todos os laços sociais comuns - família, ocupação regular, objetivo definido, ambições e o lugar numa comunidade à qual pertence por nascimento" (p. 308).

______________________________

* ARENDT, Hannah (1906-1975). Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012
¹ O Mecanismo (Netflix, 2018) — Direção: José Padilha; Protagonista: Selton Mello

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Jacobinos (Esquerda) e Girondinos (Direita)

BP CAPÍTULO III — A Guilhotina da Igualdade

1550 • Festa Brasileira em França

John Locke (Inglaterra, 1632-1704): Direitos Naturais: Vida, Propriedade e Busca pela Felicidade.

  • Direito natural (da expressão latina ius naturale) ou jusnaturalismo é uma teoria que procura fundamentar o direito no bom senso, na racionalidade, na equidade, na igualdade, na justiça e no pragmatismo. Ela não se propõe a uma descrição de assuntos humanos por meio de uma teoria; tampouco procura alcançar o patamar de ciência social descritiva. A teoria do direito natural tem, como projeto, avaliar as opções humanas com o propósito de agir de modo razoável e bom. Isso é alcançado através da fundamentação de determinados princípios do direito natural que são considerados bens humanos evidentes em si mesmos.
  • A teoria do direito natural abrange uma grande parte da filosofia de Tomás de Aquino, Francisco Suárez, Richard Hooker, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, Samuel von Pufendorf, John Locke, Jean-Jacques Burlamaqui e Jean-Jacques Rousseau, e exerceu uma influência profunda no movimento do racionalismo jurídico do século XVIII, quando surge a noção dos direitos fundamentais, no conservadorismo, e no desenvolvimento da common law inglesa. Na atualidade, o jurista inglês John Finnis é o maior expoente das escolas de direito natural.
  • Uma discussão importante a ser considerada é a relação entre o direito natural e o direito positivo. Entretanto, essa discussão gera muitas confusões e integra exclusivamente a fundamentação da teoria, e não suas finalidades e características apresentadas acima. 

Jean-Jacques Rousseau (Suíça, 1712 - França, 1778): "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe".

Enciclopedistas: Rousseau, Voltaire e Diderot: A prosperidade e propriedade privada destroem o caráter da humanidade. As injustiças sociais eram resultado do comércio e do cristianismo.

  • Encyclopédie, ou dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (traduzido da língua francesa, Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões) foi uma das primeiras enciclopédias que alguma vez existiram, tendo sido publicada na França no século XVIII. Os últimos volumes foram publicados em 1772.
  • Esta grande obra, compreendendo 35 volumes, 71.818 artigos e 2.885 ilustrações, foi editada por Jean le Rond D'Alembert e Denis Diderot. D'Alembert deixou o projeto antes do seu término, sendo os últimos volumes a obra de Diderot. Muitas das mais notáveis figuras do iluminismo francês contribuíram para a obra, incluindo Voltaire, Rousseau e Montesquieu.
  • De acordo com Denis Diderot no artigo "Encyclopédie", o objetivo da obra era "mudar a maneira como as pessoas pensam". Ele e os outros contribuidores defendiam a secularização da aprendizagem, à distância dos jesuítas. Diderot queria incorporar todo o conhecimento do mundo para a obra, e esperava que o texto pudesse disseminar todas as informações para as gerações atuais e futuras.
Maximilien Robespierre (França, 1758-1794)

1776 • Revolução (Norte) Americana

1789 • Revolução Francesa • Nova Constituição

  • DIREITA Girondinos — constituição para os reis
  • ESQUERDA Jacobinos — radicais das ideias esclarecidas, baseada em uma visão da natureza humana — a Nação, o Clube do Jacobinos, que queriam destronar o rei.

  • A Assembleia Nacional Constituinte (em francês: Assemblée nationale constituante) foi proclamada menos de três meses após a abertura da Assembleia dos Estados Gerais, nas primeiras fases da Revolução Francesa. O seu objetivo foi preparar a constituição destinada a reger a França, que foi oficialmente promulgada no dia 30 de setembro de 1791. Em 26 de agosto de 1789 também foram pronunciados na assembleia os Direitos do Homem e do Cidadão, que apresentavam os novos ideais de igualdade, propriedade e liberdade. A Assembleia teve início no dia 5 de maio de 1789 e encerrou suas sessões em 30 de setembro de 1791, com a promulgação da Constituição francesa de 1791. 

1793-1794 • Terror Jacobino | Retorno dos Girondinos.

Napoleão Bonaparte (França, 1769-1821) → Napoleão I (1804-1814).

José Bonifácio de Andrada e Silva (Brasil, 1763-1838): foi à França em 1790.

Sociedade Tribal

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Cada sociedade exige de seus membros uma certa dose de representação — a capacidade de apresentar, desempenhar, interpretar aquilo que se realmente é. Quando a sociedade se desintegra em grupos, essa exigência não se aplica mais aos homens como indivíduos, e sim como membros dos grupos. A conduta passa então a ser controlada por exigências silenciosas e não por capacidades individuais, exatamente do modo como o desempenho de um ator deve enquadrar-se no conjunto de todos os outros papéis da peça.

—  Hannah Arendt (1906-1975)
ORIGENS DO TOTALITARISMO
Antissemitismo, Imperialismo, Totalitarismo
São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 134

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

quarta-feira, 20 de julho de 2022


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