Dra. Psiquiatra Katia Mecler, autora do livro "Psicopatas do Cotidiano", editora Casa da Palavra Imagem: www.otempo.com.br |
De acordo com a Doutora Psiquiatra Katia Mecler, em entrevista concedida ao portal O Tempo (ver entrevista completa), os psicopatas não são reconhecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), ou seja, a psicopatia não é um caso médico. Trata-se de um transtorno de personalidade e comportamento, que são trabalhados pela psicologia. O seu livro "Psicopatas do Cotidiano" foi escrito pensando naquelas pessoas que apresentem dificuldades de ordem psicológicas por serem afetadas pelos psicopatas, que são pessoas de nosso convívio diário, como familiares, amigos, colegas de estudo/trabalho e terceiros.
Essas pessoas não aceitam serem questionadas, ou seja, elas "são assim", e o problema é com você em vez de ser com eles. Inclui-se aqui sujeitos que são exibicionistas, tanto no que se refere ao status quo quanto à potência sexual. Neste contexto podemos falar de vaidade, manipulação, mentira, sedução etc. Podemos elencá-los da seguinte maneira:
- Antissociais: são aqueles que colocam seus desejos como vital, sendo os seres sencientes apenas insumos ou kapital. As palavras que os identificam são: manipulador e parasita-social;
- Borderlines: vivem no extremo seja do lado bom ou do lado ruim, e mudam repentinamente. Tendem a abusar do sexo e das drogas, a se ferirem intencionalmente e ao suicídio;
- Narcisistas: colocam-se acima de tudo e de todos, os direitos humanos só existem para eles;
- Histriônicos: são os "mascarados", "duas caras", "sem caráter", falsos ou teatrais, ou seja, apenas atuam. Procuram estar sempre em evidência.
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Para Mecler, alguém apresentar alguns desses traços devido à problemas de ordem psicológica não dão indícios suficientes para se definir como doentes. Estima-se que 10% da população são diagnosticadas como psicopatas. Ao se deparar com essas pessoas, a doutora recomenda que se esteja ciente de que aquela pessoa age da mesma maneira para com todos, ou seja, não leve para o lado pessoal. Recomenda ainda que não procure mudar a pessoa já que são incapazes de reconhecerem o problema nelas mesmas.
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