quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

[COACHING] Educação Financeira para Casais com Seiiti Arata Jr. e Gustavo Cerbasi–Parte III/III

Pais e Filhos (ver Parte II)

Muitos consultores financeiros recomendam "garantir" a renda do filho, através de algum investimento que terá produzido já uma boa renda no futuro, garantido a sua “aposentadoria”. Mas o que Cerbasi recomenda é garantir recursos (uma espécie de previdência) para a profissionalização do filho ou filha, como cursos, mestrados, viagens de intercâmbio etc., cuja fonte monetária pode virar “aposentadoria” caso o dinheiro não seja usado, quando, por exemplo, o filho ganhar bolsa de estudo ou semelhante, economizando este investimento. Por isso, o essencial é ensinar a pescar o peixe, para que ele possa alcançar a sua independência, em que não pode faltar disciplina em valores éticos.


“[…] em algumas áreas o mestrado já não é [um] diferencial, e o que vai fazer muita diferença na vida do futuro profissional são as experiências de vida que ele vai ter; especializações, cursos em áreas não relacionadas à atividade profissional…” Gustavo Cerbasi
Neste ponto recomenda-se o livro e Pais Inteligentes Enriquecem seus Filhos (link afiliado), sucessor do livro Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos. Este último título nos faz pensar sobre a atual maneira como se tem educado os filhos, deixando-os abandonados, mas na verdade significa que o filho tem que ser dono do seu negócio. Ou seja, esse título propõe que o filho tem que pescar por sí próprio, no entanto, muitos pais acabam assim, apenas dando a vara e a isca mas não ensinam coisa alguma. Dar suporte material não significa nada sem conhecimento, ou liderança, neste sentido, Pais Inteligentes Enriquecem seus Filhos, mas não no sentido de cuidar do seu negócio, mas no de lhe dar conhecimento e apoio para isso.

Sabe-se que os pais querem o sucesso dos filhos, mas se sabe que alcançar prosperidade não costuma ser fácil, ainda mais em meio a tantos golpes (roubos) e corrupções, e, por isso, muitas vezes pelo excesso de protecionismo acabam abafando as investidas e iniciativas dos filhos, não os permitindo acumular know how, que é essencial para a sustentabilidade financeira. Por um lado, pode faltar liberdade, por outro, acompanhamento; por isso é importante que se encontre o Caminho do Meio, em que o pai se torna um sócio, não um chefe, nem um funcionário. Porém, também, no mundo dos negócios os pais necessitam saber se colocar em uma hierarquia abaixo quando for o caso; isso significa que não adianta dar a presidência da empresa para o filho se o pai (ou mãe) continuar querendo dar ordens, terá de obedecer.

Diálogo Não é Negociação

De tempos em tempos é válido que o casal converse sobre a situação em que se encontram, e este indicativo é quando começam a surgir divergências e muitos desentendimentos. Muitas vezes, um relacionamento começa a esfriar quando realizações pessoais começam a ser frustradas ou quando pendências do passado necessitam ser trabalhadas. De um modo geral todos temos uma perspectiva de vida futura que não envolve o casamento, isto é, são conquistas pessoais, e ao se casar, muitos de nossos planos ou algo que queiramos, até mesmo devemos realizar são deixados de lado. O rumo da nossa vida muda e acabamos fazendo alguns sacrifícios para manter o relacionamento, que podem se acumular ao longo dos anos, além de mágoas por falhas do cônjuge. Uma conversa pode trazer todas as "roupas sujas” do passado à tona e isso pode destruir o casamento.

O objetivo do diálogo não é eliminar todas as pendências do passado, o casais não são sócios – casamento não é empreendimento nem a família uma empresa. Por isso, Cerbasi recomenda que olhemos para o futuro, em vez de remoer o passado; focando-se em soluções e não nos problemas; evitando-se os erros do passado. Ou seja, ao olhar para trás é saudável observar para o que deu certo e o que não deu certo, percebendo as escolhas feitas como um casal mesmo e saber reconhecer o próprio erro, para evitar o daninho jogo de culpas; este é um momento de renovação. É neste caso que reduzir o padrão de qualidade ou estilo de vida pode ser necessário, redirecionando o dinheiro para atividades pessoais em vez da sustentação de coisas ou padrão de qualidade, sabendo fazer cortes.
“Criticar o outro, em relação à maneira de consumir, é criticar a capacidade de fazer escolhas e discernir, o que é quase uma ofensa pessoal.” Gustavo Cerbasi
Por isso, é importante que saibamos, que tenhamos a capacidade de enxergar, quais são as motivações ou motivos um do outro em suas escolhas. Saber respeitar a história de cada um, não tentando moldar um ao outro ou impor regras. Seiiti Arata Jr. lembra sobre um princípio muito válido e verdadeiro: “Procure Primeiro Compreender, Depois Ser Compreendido”, o 5° Hábito das Pessoas Altamente Eficazes de Stephen R. Covey. Sucesso e prosperidade!

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