O Dilema de Comprar a Prazo por Gustavo Cerbasi, consultor financeiro pessoal, sócio-diretor da Certasi & Associados Planejamento Financeiro. Fonte: Revista Você S.A. – junho de 2010, p. 108.
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| Fotografia: Marcell Marra (Flick, CreativeCommons) |
Afinal, é melhor comprar à vista ou a prazo? Essa pergunta gera um clássico embate entre os racionais especialistas, que criticam os juros embutidos e a preguiça de pesquisar ou negociar, e os céticos consumidores, que argumentam que qualquer negociação é simplesmente infrutífera. De certa forma, ambos são verdadeiros.
Do ponto de vista lógico, é certo que compras parceladas embutem um custo financeiro. Quanto mais competitivo o mercado, menores as margens de lucro, o que torna a sobrevivência de um lojista impossível se tiver de guardar meses para suas vendas se transformarem em caixa. Alguém será remunerado por facilitar a vida do consumidor com a divisão dos pagamentos, e essa gentileza irá se somar ao preço e à expectativa de lucro do produto.
Uma vez incorporado ao preço, o Código de Desfesa do Consumidor proíbe o lojista de diferenciar preços entre compras à vista e pareceladas, ou entre compras em dinheiro e no cartão. Se o consumidor insiste em um desconto para pagar à vista, o argumento é que a loja não pode diferenciar, seja por respeitar o Código de Defesa do Consumidor, seja por depender dos juros embutidos para colher algum ganho. Nesse caso, não adianta insistir. Para conseguir preço menor, o consumidor precisa procurar outra loja.
Do ponto de vista do consumo, quando o desconto é inevitável o melhor a fazer é pagar a prazo. O argumento para essa escolha é que, supostamente, somos capazes de poupar o valor que gastaríamos à vista e obter rendimentos até o momento de honrar as prestações. Você terá essa disciplina? Não é o que faz a maioria das pessoas, que acaba usando o dinheiro disponível para mais compras, mais parcelas assumidas e mais juros embutidos nas compras.
A regra de ouro é simples. Se você pode pesquisar e tem dinheiro, faça isso e pague à vista onde lhe oferecerem o melhor preço. Se não conseguir preço mais baixo, pague em parcelas. Se não tem dinheiro ou não tem disciplina, simplesmente não compre. Aprenda a poupar para fazer melhores negócios.
Do ponto de vista lógico, é certo que compras parceladas embutem um custo financeiro. Quanto mais competitivo o mercado, menores as margens de lucro, o que torna a sobrevivência de um lojista impossível se tiver de guardar meses para suas vendas se transformarem em caixa. Alguém será remunerado por facilitar a vida do consumidor com a divisão dos pagamentos, e essa gentileza irá se somar ao preço e à expectativa de lucro do produto.
Uma vez incorporado ao preço, o Código de Desfesa do Consumidor proíbe o lojista de diferenciar preços entre compras à vista e pareceladas, ou entre compras em dinheiro e no cartão. Se o consumidor insiste em um desconto para pagar à vista, o argumento é que a loja não pode diferenciar, seja por respeitar o Código de Defesa do Consumidor, seja por depender dos juros embutidos para colher algum ganho. Nesse caso, não adianta insistir. Para conseguir preço menor, o consumidor precisa procurar outra loja.
Do ponto de vista do consumo, quando o desconto é inevitável o melhor a fazer é pagar a prazo. O argumento para essa escolha é que, supostamente, somos capazes de poupar o valor que gastaríamos à vista e obter rendimentos até o momento de honrar as prestações. Você terá essa disciplina? Não é o que faz a maioria das pessoas, que acaba usando o dinheiro disponível para mais compras, mais parcelas assumidas e mais juros embutidos nas compras.
A regra de ouro é simples. Se você pode pesquisar e tem dinheiro, faça isso e pague à vista onde lhe oferecerem o melhor preço. Se não conseguir preço mais baixo, pague em parcelas. Se não tem dinheiro ou não tem disciplina, simplesmente não compre. Aprenda a poupar para fazer melhores negócios.
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