domingo, 24 de novembro de 2013

Casamento e Negócios: A Mentira é Boa ou Ruim? É necessária?

evandroprocopio - Pinóqui e Gepeto (Flicrk, CreativeCommons)
Mentira trás infelicidade, esta é a verdade! Tanto para quem mente, principalmente, quanto para quem é alvo da mentira. Aquele que mente é o eterno infeliz, e faz as pessoas ao seu redor sofrerem muito, pois os mentirosos tornam-se espíritos famintos, dementadores que devoram todos os sonhos e a possibilidade de realizações pessoais daqueles que o cercam. A mentira é fonte de infelicidade e sofrimento, por isso, considerado pecado já que transforma a vida das pessoas em um inferno. A mentira nunca é boa, porém, a verdade seca, direta e desnecessária pode causar mais sofrimento que uma mentira que não adultera a realidade. Algumas coisas que consideramos mentira às vezes não são mentiras propriamente, mas conceituações ou rotulações simplesmente, quiçá estratégia ou modus operandi. Assista o vídeo que preparei falando um pouco sobre a mentira, mentira no casamento e mentira no dia-a-dia:


O fato é que não é proibido mentir, você pode mentir, sim, você pode mentir do mesmo modo como pode fumar maconha (proibido é o porte e não o consumo). Você pode qualquer coisa, pois temos o livre-arbítrio ou direito de escolha, mas para tudo existem consequências - algumas previstas em lei. Do mesmo modo como a maconha ou qualquer droga alucinógena nos leva a experimentar uma realidade paralela (uma mentira ou ilusão), a mentira distorce a verdade, a realidade da vida. Não obstante, o professor e filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella diz que a mentira pode ser uma maneira de racionalizar, ou seja, é relativo. De certo modo, os  limites da mentira e da verdade flutuam na subjetividade das intenções e do pensamento quando o caráter tem papel fundamental.

A questão necessária que devemos considerar é: por que não devemos mentir? Por que a mentira é considerado um pecado dentro das religiões e um mal dentro da filosofia budista? Mentir realmente é produtivo? Li em um artigo que até mesmo as crianças mentem, mas me pergunto se não é por influencia da educação; por que uma mente inocente iria mentir? As crianças não têm nada a esconder, sendo o mais sensato pensar que seja por influência dos responsáveis. A mentira é mais um hábito moderno que uma necessidade de sobrevivência, penso.  A mentira é um comportamento comum dentro da sociedade, não vou dizer que é natural, pois creio que não. O mais provável é que a mentira seja um comportamento exclusivo do reino humano ou racional em decorrência da complicação das relações sociais.

O que parece necessário para diferenciar uma mentira de um engano é o caráter da pessoa, o que significa que o agente do pronunciamento é a chave para o julgamento ou consideração do observador, a gente. Então, mentiras são toleráveis porque são passíveis de serem corrigidas, mas quando ela já se torna crônica já não estamos falando de mentira e sim de falsidade. Em momentos de fraqueza podemos mentir, mas existem pessoas que sobrevivem com base em mentiras e estão sempre inventando histórias, insinuando inverdades, calando-se sobre seu testemunho e pior se omitindo. Realmente são criaturas covardes que se assemelham a galos e galinhas, nunca assumindo seu papel de cidadão, e são como espectros, sombras: não vivem, nem deixam viver.

A mentira por Mario Sergio Cortella


0 comentários:

Postar um comentário